Quando partir pode ser bom.
As vezes eu me pego pensando, até onde partir é despedida? a vida da gente dá muitas voltas, estamos todos os dias vendo e participando de novos começos, recomeços, partidas, chegadas e por aí vai.
Em muitas dessas fases da vida que participamos, direta ou indiretamente, podemos até mesmo nos ver confusos e perdidos no meio de um tiroteio de dúvidas, decisões, perdas, compensações, cobranças...
Mas se pararmos um pouco pra pensar, as mudanças, muitas vezes, são necessárias. Nelas aprendemos a nos controlar, a nos conhecer, a saber o que realmente queremos e podemos fazer, a saber quem realmente nos faz falta e quem não nos influencia tanto assim. Enfim uma infinidades de possibilidades que surgem na nossa cabeça e no nosso viver.
As mudanças não se implicam apenas em mudar de um local para outro, implicam também em mudar de postura, de carro, de amor, mudar hábitos e também aceitar as mudanças das pessoas ao redor, uma vez que estas fazem escolhas para estarem bem ou para procurarem estar.
Então as mudanças são sempre um "partir". Partir de um estado civil para outro, de uma cidade pra outra, de um estado para outro, de uma condição social para outra, de um comportamento para outro... Mudar é transformação.
E novamente me vem à cabeça a pergunta: até onde partir é despedida? Eu quero muito responder essa pergunta mas ainda não tenho a resposta. Talvez eu não queira responder ou então ela não seja importante para mim pois a despedida não é pra sempre quando se tem amigos e pessoas que te amam, os que ficam, que esperam seu retorno, que almejam sua felicidade e por isso estão felizes com o partir para novas escolhas e perspectivas, com o partir para procurar ser, quem sabe, mais feliz ou mais realizado.
Partir nem sempre é se despedir, é dar opções para as pessoas te verem de outra forma, de pensarem sobre você de outro jeito, de acreditarem nas suas escolhas. Partir faz parte da mudança, faz parte do viver.