sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Quem vive faz arte!

Devaneios Artísticos

O Artista se multiplica
Colore o branco
Clareia a treva
Pinta a alegria
Representando a dor

O Artista se mistura
Trazendo gozo e palma
Paz pro terror
Acalanto pra alma
Remédio pro tédio

O Artista brilha
Uma luz diferente
No placo, na rua
Na tela, na grua
Na noite e no dia
No sorriso e no chorar
Na ação e na imagem

O Artista Cria
Pula, dança
Canta, finge de morto
Chora, esmaece o olhar
Pinta, borda, colore
Clica, desenha, escreve
Se desdobra

Ao vivo, na faixa
Na caixa, no tambor
Na voz, no instrumento
No corpo, no calor
E muito mais espera
Desmpenhando seu papel
Destinado e capaz

Artista não se define
Não se nasce
Não se aceita
Não se contenta
Não se assume
Nem tampouco se rejeita
Nem se cala

O Artista inventa a vida
Sem falsidade
Sem medo
Sem maldade
Com um traço de rima
Um cantar de muitas cores 
Sentimento na fala
E uma pincelada de poesia

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Aos solteiros bem resolvidos e felizes...

Passagem de ida

Sentir o sol, o vento
A liberdade permitida
A beleza da descoberta
O momento do desapego
O calor da vida intensa


Pesar o bem e o mal
Decidir por ser racional
Convencer a si mesmo
De que é permitido
Estar bem consigo


Planejar a idas e vindas
Aprender com os erros
Sugerir os acertos
Viver com sentido
E pelo bem próprio


Acreditar no complemento
Esperar o retorno certo
Da companhia desejada
Somar sem exigir
Deixar a vida Fluir


"Santa Solteirice" curtida
Aos sem pressa, sem pretensão
Nem sempre é solidão
No coração felicidade
Pela vida pedir passagem
E seguir decidida


Uma hora ela vai embora
Deixa marcas boas e ruins
Traz novos sentimentos
Novos planos e desejos
A quem encontrou, enamorou
E continuou vivendo


Ser solteiro é permitir o encontro.











segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eu sei que não sei, mas eu faço do mesmo jeito, eu tento.

Escrita


Tecnicamente eu não escrevo
Fujo da rima
Atropelo a métrica
Quebro o verso
Esqueço a ortografia
Discordo da gramática
Eu não nasci pra escrever
Eu nunca escrevi de verdade
Eu me traduzo em palavras
No papel que tudo aceita e permite






sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Só sabe o quanto vale a luta quem alcança o que realmente deseja!













Impasse da Espera

Como queria afirmar
Queria acreditar
Poderia até mudar
Ou não, se não quiser
Queria estar com você
Fazer cafuné e dormir

Queria muito que fosse fácil
Queria ao meu alcance
Talvez uma chance
Um sinal positivo
É possivel eu sei que é
Mas deve ser consenso

Me é permitido?
Não sei, não tive coragem
E me pergunto porque
Mas não me arrependo
Tudo tem seu tempo
E estou esperando
Até meu amor próprio gritar

Não procuro uma resposta
Nem uma saída complacente
Na verdade há muito não procuro
As expectativas sempre existem
Mas eu quero o hoje
Quero o acontecer
Mais do que prazer

Mesmo assim sou feliz
Felicidade é pra se ter
Não pra se ganhar de presente
Nem delegar a terceiros
Quero ter do meu lado
Não quero possuir
Pro amor, corrente é bem querer

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Da cabeça pra caneta, mais uma do viver!

História "Casada"

Maria queria igreja
João queria viajar
ela fez promessa pro santo
Ele também, pro dono do bar
Os dois eram muito diferentes
A unica semelhança acreditem
O branco do olho
E amor que os moviam a se casar.

No dia teve igreja, teve festa
Maria ficou feliz
João mais ainda
A lua de mel ficou pra depois
Mas aconteceu como prometido
E pense na felicidade
Ambos encantados com as paisagens
E contentes com o retorno

A vida deles seguiu viagem
Bateu porteira, passou apuros
Enfrentou tempestades e bonanças
Lindas tardes de priguicite e carinho
E o roteiro cada dia ficava diferente
Era de um tudo que acontecia
Mas nem João nem Maria desistia
Era bonito vê-los na convivência

A família foi crescendo
Filho, filha e depois netos
João de cabelo grisalho
Maria de óculos pra vista
Juntos aprenderam a viver
Vivendo aprenderam a aprender
Observando aprenderam a ensinar
Ensinando aprenderam a se redescobrir

A vida não parou, seguiu viagem
E não vai parar por motivo algum
O amor não acaba, renasce
A ternura não diminui, transforma-se
Envelhecer também é bom, acredite
Cada um tem sua trajetória
Todas elas no contexto da história
João e Maria sorriem com as lembraças na memória.