segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eu sei que não sei, mas eu faço do mesmo jeito, eu tento.

Escrita


Tecnicamente eu não escrevo
Fujo da rima
Atropelo a métrica
Quebro o verso
Esqueço a ortografia
Discordo da gramática
Eu não nasci pra escrever
Eu nunca escrevi de verdade
Eu me traduzo em palavras
No papel que tudo aceita e permite






2 comentários:

  1. essa metapoesia que me emociona! Isso é tão cabralino, é tão drumondiano, é tão pessoa! Só os grandes conseguem desdenhar de si! Esse não incontido, refletido no papel é tb do não ao avesso do mundo, das coisas que insistem em vir pra dentro do poema e que o poeta não rejeita, mas injeta! Parabéns lindão! bjo.

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